A fome de ti é tanta, amor,
e te mastigo tanto enquanto respiro,
que da solidez dentre as pernas tuas
ao vácuo dentre as pernas minhas,
entre vens e vãos
te como,
te sorvo,
engulo,
suspiro.
E por tanto querer-te assim, amor,
meu paladar só de ti se impregna,
tanto, que do mel da árvore tua,
tanto, que do fel da seiva minha,
entre falos e lábios
te beijo,
te sugo,
salivo,
deliro.
Morde-me a carne, a pétala, a alma,
lambo-te a pele, o caule, a calma,
delícia entre dentes, entre lábios, entrelinhas.
Tuas cores, meus aromas, teus sabores,
sal no corpo suores.
Consumo de ti em mim.
Ah, faminta e esfomeada fantasia,
2 comentários:
Poesia maravilhosa, meu parceiro imperdivel! Cheia de um amor possível de ser degustado em mastigadas lentas e prazeirosas como todo grande amor-paixão sabe ser. Quero tropeçar num esfomeado deste qualquer dia porque também estou a morrer de fome
Bjs
Sua parceira Poetisa das Marés
meu amor...essa sua fome de amor é como a minha...um amor que tem de se aplacado as vezes com furia, as vezes com calma...com alma...
te amo...amo...amo
kamli
Enviar um comentário